Parto Domiciliar

Parto Domiciliar
Nascimento da Clara - Parto da Ana Lemos

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Querid@s leitores, depois de 14 anos trabalhando como fotógrafa e quase 5, como doula e fotógrafa de parto, criei a Gesto Natural.
Ela é uma síntese dos meus trabalhos profissionais. Oferece serviços na área de fotografia, vídeo e assistência à gestação, parto e pós parto, sempre em parceria com outros profissionais.
Para conhecê-la melhor, visite o site www.gestonatural e curta a página no facebook https://www.facebook.com/gestonaturall?fref=ts

Abraços
Débora Amorim

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Palavras de Laura Gutman no livro A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra.

"O parto deveria ser revelador, no sentido de que cada mulher deveria ter a possibilidade de parir da maneira mais próxima daquilo que ela é em essência. São poucas as mulheres que conseguem se ver refletidas no parto que acabam de atravessar. Os partos não são bons nem ruins, mas a vivência de cada mãe é fundamental para a compreensão posterior de suas dificuldades no início do vínculo com seu filho.
Não é possível falar de partos sem dirigir um olhar honesto ao que acontece em 99 por cento deles na sociedade ocidental. A maioria transcorre em uma instituição médica - clínica ou hospital-, em que ninguém acredita que valha a pena levar em conta as condições EMOCIONAIS da parturiente. A assistência aos partos - da maneira como são vividos hoje em dia - foi dominada pelo pensamento funcional, e, neste sentido, o pessoal assistente tem um único objetivo: extrair um bebê relativamente saudável. Não importa como, nem a que preço EMOCIONAL (que lhes é invisível). Creio que a partir deste pensamento se estabeleceu uma série de rotinas que, como tais, perderam o sentido original, o objetivo específico que pode tornar necessárias algumas intervenções. A banalização e a generalização destas práticas cresceram em detrimento do corpo e das EMOÇÕES da mãe"
LAURA GUTMAN

Pois é, chamei atenção para o EMOCIONAL, pois se esqueceram de cuidar desse aspecto na assistência ao parto. Na maioria dos partos, normal, natural, vaginal, cesárea e qualquer outro tipo que a mulher venha a ter, fisicamente, ela se recupera super bem, sem maiores danos. Mas as dores emocionais causadas pela violência, pela separação mãe-bebê, pela falta de cuidados com a família que está se formando e tantos outros abalos emocionais que a mãe vem a sofrer com um parto, esse sim, é difícil e mais demorado de curar. O médico tira o bebê de dentro da barriga, costura o corte, na barriga ou na vagina (eles -99%- sempre fazem a episiotomia), entregam o bebê pro pediatra e tchau, um abraço. Voltam no dia seguinte para ver os pontos, dar alta, e tchau novamente. O que vai acontecer com a mãe dali pra frente, pouco importa a eles. É essa a assistência que temos na grande maioria dos casos. Uma pena!
É tão lindo ver um parto cuidadoso, com respeito! Se todos pudessem ter essa oportunidade, com certeza teríamos um mundo melhor.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

No dia 7 de fevereiro acompanhei um parto, dessa vez como fotógrafa e não como Doula. O parto foi lindo, dentro da água! Dante nasceu em um ambiente de pura harmonia. Obrigada a Caísa, Cesinha, Bento e Dante por me convidarem para participar de um momento tão especial.
Além de fotografar, eu filmei e fiz esse vídeo. E melhor do que falar sobre esse parto é mostrá-lo.
http://youtu.be/5rciq4NIvuI









sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Acabei de chegar do curso com Naoli Vinaver. Que força, que confiança na capacidade da mulher parir naturalmente, na intuição feminina! Linda essa mulher! Estou muito feliz, com o curso e com as mulheres incríveis que conheci por lá. Temos que resgatar a confiança no poder de parir! A nossa natureza é muito sábia para criar e também para dar à luz de forma natural. Esse ritual de passagem é uma experiência não só fisiológica, mas emocional e espiritual. Não podem nos tirar esse direito! As intervenções devem ser usadas em caso de necessidade real e não de rotina, como estão fazendo todos os dias nos hospitais. Saí desse curso, mais uma vez, desejando que todas as mulheres tivessem acesso a essas informações e pudessem resgatar o protagonismo na hora do parto. Quem faz o parto é a mulher que está parindo e não o médico. Foi uma honra conhecer essa Parteira! Muito Grata!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Relatório final do curso de Doula que fiz com Rita Pinho e Carla Daher

Doula, o que é ser uma?
Em meu primeiro curso de Doula tive uma experiência muito
forte, onde entendi o meu próprio parto, digerí a dor que me
acompanhava até então, por ter caído na vala comum dos
partos cesáreos desnecessários. Como a Cláudia Rodrigues
falou, fui engolida pelos fatores externos que nos vigiam dia
a dia e tentam, a todo custo, manipular nossas vidas.
Foi um processo intenso, onde trabalhei as minhas próprias
questões ligadas ao parto e à maternidade. Foi uma cura, eu
acho.
Imediatamente fiz um blog, onde pude descarregar
um caminhão de informações que recebi e que queria
compartilhar com todas as mulheres do mundo, para
que nenhuma delas precisasse passar pelo que passei,
desnecessariamente.
Acho que me abri tanto para esse mundo particular do
parto, que na sequência, apareceram vários partos para eu
acompanhar , como que num passe de mágica.
Descobri um universo no qual desejei fazer parte!
Veio o segundo curso, com a Rita e a Carla, onde comecei
realmente a deixar o meu processo, já um pouco trabalhado,
de lado, e começar a entender o processo do outro.
Até então, achava que o trabalho da Doula, se restringia ao
momento do trabalho de parto, onde, nós, Doulas, damos o
suporte necessário para que o processo se dê da maneira
mais tranquila possível para a parturiente.
No convívio com as duas até agora e nos partos que
acompanhei com elas, pude perceber o quão importante é o
processo anterior ao trabalho de parto, ou seja, a gestação
em si. O conhecimento dessa gestante, conhecimento
profundo do emocional dessa mulher, que pode e vai
interferir no momento do parto. Trabalhar essas questões
durante a gestação é um passo importantíssimo para que o
parto seja saudável.
Sei que esse conhecimento sutil , só me vai ser dado com a
experiência. Experiência e sensibilidade para entender o
outro.
Acho que mais importante que acupuntura, Yoga, natação,
massagem etc, é a mulher entender o seu momento,
trabalhar suas questões emocionais, se conectar com seu
filho e se preparar emocionalmente para o parto e pós parto.
O pós parto também é um momento muito delicado para a
mulher, onde devemos estar atentas às suas dificuldades,
para que ela possa ter o equilíbrio necessário para lidar com
as mudanças e transformações que ocorrerão na sua vida.
Outro ponto importante que aprendi nesse período, foi o de
respeito ao tempo do outro. Respeitar e entender que cada
corpo trabalha de uma maneira diferente.
No mais, na hora mesmo do trabalho de parto, é estarmos
entregues àquela mulher, para lhe atender em todas as suas
necessidades. E caso essa não saiba muito quais são suas
necessidades em determinado momento, podemos sugeri-
la a experimentar algo do qual supomos que vai ser bom (e
pode não ser também).
Olhando essas duas mulheres trabalharem percebo que esse
é um trabalho para quem realmente está preocupado com o
outro.
Agora, essa preocupação com o outro não deve anular
a nossa preocupação e cuidados com nós mesmas, que
devemos estar seguras e confortáveis em cada situação que
nos encontrarmos.
Outro ponto importante, é termos a humildade de
reconhecer que não sabemos de tudo e que podemos, em
várias situações, pedir ajuda a outros profissionais, da
mesma e de outras áreas.
Um longo caminho uma Doula percorre até conseguir a segurança
e o conhecimento necessários para esse ofício,
mas o acompanhamento dos partos com a Carla e a Rita, já
encurtou bastante esse meu caminho.
No mais, é agradecer a oportunidade que eu tive e ainda tenho de
estar perto dessas duas mulheres, que a cada dia e a cada
experiência, eu admiro mais e mais..
Espero que esse aprendizado esteja apenas começando.
Beijinhos carinhosos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Partos!!!

Olá, há tempos não escrevo e hoje me deu vontade.
Queria compartilhar dois partos que eu acompanhei. Um foi numa sexta e o outro, dois dias depois, no domingo. Nos dois, as gestantes estavam em trabalho de parto, sem bolsa rota, tudo caminhando de forma parecida.
O primeiro em um hospital comum com um médico comum, o segundo em um hospital com um quarto para parto humanizado e uma médica não tão comum assim.
No primeiro, entra uma enfermeira com a glicose na mão e já vai perguntando há quantas horas a "maezinha"está em jejum e coloca a glicose na veia, já limitando os movimentos da parturiente. No segundo, entra a médica e fala pra gestante que acabou de pedir uma sexta de frutas, castanhas e mel para ela poder comer sempre que sentir fome. A diferença já começa por aí.
Bom, já podemos perceber que a condução dos dois partos se deu de forma totalmente diferente.
No primeiro, entre 7 e 9 da manhã, a gestante dilatou de 3 para 7 centímetros e como de 9hs as 11hs o colo não dilatou muito, o médico chegou com um gráfico, vindo de não sei onde e disse que teria que induzir com ocitocina, já que a dilatação não estava acompanhando o gráfico, como se fossemos todas padronizadas. E assim o fez. Além disso, forçou duas dilatações com a mão durante o toque que fez na parturiente. Uma violência, ela se contorcia de tanta dor. Conclusão, o colo inchou, ela ficou exausta, pois com essa indução as contrações são muito mais fortes e acabou pedindo um cesárea no fim do dia.
Já no segundo parto, onde foi respeitado o corpo e o tempo da gestante, acompanhando o bem estar desta e do bebê, o parto se deu de forma natural, lindamente.

Depois destes, acompanhei mais dois partos onde a mulher foi totalmente respeitada.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Nasceu Iara

Nasceu Iara, 6 de março, signo de peixes, em casa....... debaixo d'água. Linda........ Rainha das Águas.
Segue o depoimento do Jefferson, pai da Iara.
Era domingo de carnaval, no silêncio de nossa casa, Fabiana praticava todos os exercícios que aprendeu para alongar e permitir as contrações, entendendo a dor como uma forma do corpo se abrir para a saída da Iara. Já era a terceira noite que as contrações iam e vinham, e como a gestação havia completado 40 semanas, então o trabalho de parto poderia ter início a qualquer momento. E não houve alarme falso, enchemos a banheira com água no quarto, colocamos muita água para ferver, ligamos o chuveiro quente, enfim todos os preparativos. Enquanto a Dra, a Parteira e a Doula estavam a caminho, estar na água aliviava as dores entre os intervalos, cada vez mais curtos, das fortes contrações. Foi o tempo das profissionais chegarem para nos apoiar, aplicarem seus conhecimentos e técnicas para que o trabalho de parto iniciasse sua etapa mais forte, ou seja, não mais o corpo trabalharia quase que automaticamente para que Iara nascesse, mas a mãe teria que atuar conscientemente, junto e em sintonia com a bebê, para o desenvolvimento do parto natural. Assim foi, num período extremamente curto, de duas horas, em baixo do chuveiro e de cócoras, agindo como uma loba, Fabiana pariu Iara. Em alguns segundos o corpo de Iara não se mexeu, nesses segundos orei para todos meus ancentrais e pedi humildemente a oportunidade de ter Iara conosco. Foi um susto apenas, juntamente com toda a emoção e vibração que vem com a vida, Iara acordou. Dormia tranquilamente nossa filha. Carregamos Fabi para a cama, alguns minutos depois, Iara e Fabiana se olharam e celebraram a vida, uma a da outra, e eu, agradecia pelas duas. Feliz dia das mulheres e da mulher que cultivei. Viva Iara!!!

Email que recebi de Rui Tavares - pediatra

Débora, que alegria ter contato com seu blog sobre parto normal. Aliás que absurdo ter que chamar o parto de normal, pois significa que aquilo que seria natural se tornou uma situação rara. Sou pediatra e tenho assistido quase diariamente os infortúnios das mães no pós-operatório de cesárea. Cesareana é uma grande cirurgia que se banalizou. A mãe tem muito pouco ou quase nada de cuidados pós-operatório, pois a prioridade é o bebê, que também sofre todas as consequências em sugar um leite materno cheio de adrenalina e sem conseguir repousar, excitado, querendo sugar o tempo todo, causa fissuras nas mamas, sangramento, regurgitações e excesso de acidez no estômago. Todos esses fatos são causados pelo fato da mãe tendo que se colocar de pé, com os pontos doendo, cheia de gases, ela produz muita adrenalina, que é o hormônio que te faz enfrentar a dor. A adrenalina é liberada também no leite materno. Causa cólicas, mas não é a causa única, agitação, pois é excitante, aumento da produção de acidez no estômago do bebê, causando azia e regurgitações, soluços e choro.
Essa desorganização nos horários, o impedimento ao repouso materno, stress, ansiedade são causa de desmame precoce, aumento de incidência de depressão pós-parto e todas suas consequências.
Interessante é que esses fatos não são divulgados, mesmo por aqueles profissionais que criticam o alto índice de partos cirúrgicos.
Parabéns e prossiga em sua luta na conscientização sobre o parto normal.
Rui Tavares - pediatra
Autor do livro "CONSERTADOR DE MENINO" - Orientações simples para pais modernos

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Então, Feliz Ano Novo para todos! De volta ao blog e fazendo uma reflexão sobre o ano que passou.
2010! Um ano intenso! Cheio de descobertas! Descobertas de um mundo que eu não imaginava participar. O Parto e todo esse universo que gira ao redor dele, essas mulheres que carregam no ventre o início de novas vidas. Novas vidas que vêm para transformar completamente nossas próprias vidas e que sem elas, nossas vidas não fariam o menor sentido.
Agradeço a todas essas mulheres que vêem o Parto como algo sublime, que vai muito além do físico, algo que interfere sensivelmente na nossa alma e se não for tratado como tal, pode deixar ferimentos (não no físico) que não conseguem cicatrizar nunca.
Fiz dois cursos de formação em Doula, participei da Conferência sobre Humanização do Parto, participei de encontros semanais com gestantes no Ventre Livre e outros mais. Esses cursos e encontros me trouxeram tanta informação e tanto crescimento espiritual, que ainda não consegui elaborar tudo que aconteceu comigo em 2010. Sei que foi transformador e ainda está sendo.
Me sinto plena com o novo caminho que a minha vida tomou. Quero estar cada vez mais perto desse universo que tem alimentado meu corpo, minha alma, meu espírito.
Gracias........

sábado, 4 de dezembro de 2010

Na última terça feira encerrou a III Conferência Internacional sobre Humanização de Parto e Nascimento. Várias salas, diversos assuntos e acabei escolhendo a sala de encontro das Parteiras de todo o Brasil e outros Países da América do Sul. Foi lindo ouvir o depoimento dessas mulheres que vivem cada Parto como a coisa mais importante do Universo. Esse conhecimento, passado de geração a geração ainda não se perdeu, mesmo nesse nosso mundo, onde a máquina tem mais valor que o homem, você ainda encontra, no interior do nosso País, essa tradição maravilhosa transmitida pela oralidade.
Pude ver, entre Parteiras, Doulas, Obstetras, Enfermeiras, Psicólogos e outros, a quantidade de pessoas realmente envolvidas na humanização do Parto. Que pena que não vi os Obstetras convencionais, que não têm o menor interesse em saber como poderia ser diferente o momento do Parto. Para eles é muito mais importante uma ecografia analisando o bebê, do que sentar com uma gestante e saber se ela está bem, como estão as emoções, se está conseguindo descansar, comer, se está feliz, se o bebê mexe, se ela conversa com esse bebê e coisas muito mais sutis do que uma máquina analisando um ser. E por falar em máquina, me lembrei de como foram ruins as ecografias que fiz, quanto medo colocou na minha cabeça. Uma vez, fui fazer uma ecografia e a médica que estava analisando disse que o meu bebê era pequeno. Saí de lá super preocupada, entrando na internet, eu e o Pai dele, vendo qual seria o tamanho ideal para aquela data, enfim, gerando um estresse desnecessário. Resultado, meu filho nasceu com 37 semanas, 3 kg e 100g, 49 cm, um grandalhão. Já vi outros casos de ecografias que dizem que o bebê está gigante, que vai ter que ser uma cesárea e no dia que nasce, o bebê está bem abaixo daquele peso estimado pela máquina. Hoje eu não faria a quantidade de ecografias que fiz.
Voltando ao encontro, digo que o que ficou de mais importante pra mim, como Doula, é que você, profissional, deve Ser e Estar presente por inteiro na hora do trabalho de parto de uma mulher. Se você estiver aberto de corpo e alma, entenderá a real necessidade de uma mulher naquele momento.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Meu primeiro parto em casa.

Na madrugada do último domingo, dia 31 de outubro, tive a honra de participar de um parto em casa. Dani Neri pariu Ravi lindamente! Ravi nasceu às 4:40 da manhã, dentro da água. Saí de lá 7 da manhã e ele continuava tranquilo e feliz no colo da mãe.


Acho que todos os obstetras deveriam observar, pelo menos uma vez na vida, um parto em casa, para que fossem tocados por imensa magia e começassem a propiciar um parto tão natural e aconchegante às inúmeras mulheres que lhes procuram. Tão simples, tão próprio da mulher.... e não sabemos mais como fazer. Uma pena!
Precisamos resgatar a confiança e a intuição feminina, perdidas nessa sociedade da tecnologia, tão padronizada, onde as intervenções necessárias as excessões (15% das mulheres necessitam de intervenções), se tornaram uma regra geral. Se perdeu a individualidade!

Dani, parabéns pela confiança em si mesma! Você estava linda!!!


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nasceu Janaína

Janaína nasceu ontem, domingo 26 de setembro, libriana...... Jurema quase não sentiu as dores do Trabalho de Parto. Me ligou às 5 da manhã dizendo que estava com contrações mas estava muito tranquilo e que iria no hospital ver a médica (que pediu que fosse pois ela relatava que o bebê não estava mexendo) e logo estaria de volta em casa e então me ligaria para eu ir ao seu encontro. Após 1 hora o Vinícius me ligou do hospital dizendo que ela já estava no centro obstétrico com 7 para 8 cm de dilatação. Corri para lá. Cheguei lá e encontrei um ambiente muito tranquilo, uma obstetra muito tranquila, brincalhona e com muito respeito pelo casal. A Jurema levantou da maca, andou, agachou, se apoiou no Vinícius e só quando quis, voltou para a maca. O parto foi calmo, no escurinho, com música.... e Janaína nasceu numa tranquilidade, indo direto para os braços da mãe (poderia ter ficado um pouco mais de tempo, mas logo o pediatra pegou o bebê).
Quando voltou para o colo da mamãe, ela estava tão tranquila, que só queria dormir. Ensaiava algumas mamadas, mas logo voltava a cochilar. Que calma! Que lindo! Jurema ficou em estado de graça, linda! Parabéns Jurema.... parabéns Vinícius.... parabéns Jussara.... parabéns e bem vinda Janaína.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Trecho do livro Nascer Sorrindo de Frédérick Leboyer

"Vamos deixar o bebê. E entregá-lo, por alguns momentos, à mãe, depois de ele ter provado as alegrias da solidão, da imobilidade.
Deitado sobre o peito querido, orelha contra coração, o bebê reencontra o som e o ritmo familiar.
Tudo está feito. Tudo é perfeito.
Esses dois seres que lutaram corajosamente, transformam-se num só."
.......
"O que é o medo senão o desconhecido, o absolutamente novo? Aquilo que não podemos reconhecer nem classificar?
Para que o recém-nascido não sinta medo é preciso revelar-lhe o mundo lentamente, de forma progressiva.
Não oferecer mais sensações novas do que ele possa suportar, assimilar.
E, assim, é preciso multiplicar as lembranças, as impressões do passado, para que o bebê possa relacioná-las.
Até que, no universo totalmente desconhecido e, portanto, hostil, algo familiar venha tranquilizá-lo, acalmá-lo."

Tao Te King - Lao Tzu

Se todos na Terra reconhecerem a beleza como bela,
desta forma já se pressupõe a feiúra.
Se todos na Terra reconhecerem o bem como o bem,
deste modo já se pressupõe o mal.
Porque Ser e Não-ser geram-se mutuamente.
O fácil e o difícil se complementam.
O longo e o curto se definem um ao outro.
O alto e o baixo convivem um com o outro.
A voz e o som casam-se um com o outro
O antes e o depois se seguem mutuamente

Assim também o Sábio:
permanece na ação sem agir,
ensina sem nada dizer.
A todos os seres que o procuram
ele não se nega.
Ele cria, e ainda assim nada tem.
Age e não guarda coisa alguma.
Realizada a obra,
não se apega a ela.
E, justamente por não se apegar,
não é abandonado.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A gente morre e nasce várias vezes em uma mesma mesma vida. Na verdade esse renascimento é uma transformação. O meu último renascimento foi quando conheci a Arte de Doular, que veio acompanhado de várias outras novas vidas, essas vidas que tenho conhecido em seus primeiros suspiros. É uma experiência única! Nunca me imaginei acordando duas horas da manhã e saindo feliz para a casa de uma gestante. Foi assim no domingo retrasado, dia 8 de agosto. A Nadja me ligou de madrugada e disse que estava em trabalho de parto. Liguei para a minha vizinha, que veio ficar com o meu filho e fui até lá. Chegando lá, encontrei todos os homens dormindo na sala e a Nadja no quarto, com sua mãe e duas irmãs. Ficamos lá, conversando e rindo entre os intervalos das contrações. Depois de muito rebolar na bola, receber massagens e respirar profundamente, a Nadja disse que iria para a sala caminhar e pediu para que ficássemos no quarto. Cochilamos um pouco! As 7 da manhã partimos para o Santa Lúcia. Como havíamos passado a maior parte do trabalho de parto em casa, ela chegou no hospital já próximo de parir. Quando a obstetra fez o toque já estava com 9 centímetros de dilatação e fomos direto para o Centro Obstétrico. Âmbar, uma menina linda, nasceu 9 horas da manhã e como a sala da pediatria estava ocupada com um bebê que havia acabado de nascer, ela teve, para a sua sorte, que esperar deitadinha sobre o ventre de sua mãe. Êita dupla de sorte! Foi lindo ver aquele bebê suspirando calmamente junto a sua mãe logo após o nascimento.
Parabéns Nadja! Bem vinda Âmbar!

domingo, 1 de agosto de 2010

Ciência do Início da Vida. Entrevista com Dra. Eleanor Luzes

Domingo passado, dia 25 de julho, fui premiada com dois partos, um seguido do outro. O primeiro, parto normal, hospitalar, a gestante ficou em trabalho de parto menos de duas horas. Quando ela começou a sentir as contrações já estava com 3 cm de dilatação, uma hora depois já estava com 6cm e 20 minutos depois o bebê tinha nascido. Depois de tanta burocracia para pegar a roupa, nem eu nem o pai conseguimos entrar na sala de parto a tempo para ver o nascimento. O processo todo foi muito rápido e muito bonito!
Quando já estavam todos no quarto, bebê mamando, tudo tranquilo, liguei para a outra gestante, dizendo que talvez daria tempo para acompanhar seu parto. Esse, foi uma cesárea, pois o médico achou melhor, mesmo com a gravidez perfeita, interromper a gestação com 40 semanas. Corri para o Santa Luzia e cheguei a tempo de acompanhar tudo. Ela me pediu para fotografar e assim o fiz. Achei importante o papel da Doula em um parto cesárea também. Durante o parto, tentei confortá-la nos momentos em que ela ficou incomodada. Durante a recuperação, ela sentiu muito enjôo e eu e o pai revezamos nos cuidados com o bebê e a mãe.
Grande dia!!!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Em novembro de 2010, Brasília sediará a III Conferência Internacional sobre Humanização de Parto e Nascimento. Não percam! Maiores informações no site www.conferenciarehuna2010.com.br

domingo, 20 de junho de 2010

Nasceu Mateus

A Renata e o Igor me chamaram para fotografar o parto do primeiro filho deles, o Mateus, mas acabei participando um pouco como Doula. Fiz bastante massagem no pé dela, que era o que ela mais pedia na hora das contrações (cada mulher sente uma necessidade). O Igor também fez bastante massagem, aliás, mais do que eu. Foi um trabalho de parto longo, ela trabalhou na bola, na banqueta de parto de cócoras, ficou horas no chuveiro quente, tudo para aliviar as dores das contrações, que começaram às 13hs e só acabaram às 22:08 hs, quando o Mateus nasceu. O parto foi lindo! Foi normal, com meia luz e quando o Mateus colocou a cabeça para fora, a emoção foi bem grande! Parabéns Renata, você foi guerreira! E parabéns ao Igor também, foi um super pai, dedicado, tranquilo e bem presente.
Saí de lá bem cansada, cheguei em casa perto da meia noite, tomei um mega banho de banheira e fui dormir. Acordei feliz e ronovada! Obrigada Mateus.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Fotografias de um Parto Humanizado feito em casa. Lindo!

Esse vídeo feito com fotografias é simplesmente lindo! Foi indicação da Jennifer, uma colega do curso de Doulas

quarta-feira, 9 de junho de 2010

TV Brasil fala sobre Parto e entrevista a Doula Renata Beltrão

"O parto normal pode ser uma experiência enriquecedora para a mulher e sua família se atendido de forma humanizada e com fundamentação em evidências científicas e sem intervenções desnecessárias. As cesáreas aumentam riscos de morte, lesões acidentais, reações à anestesia, infecções e hemorragias das usuárias, e de prematuridade e desconforto respiratório, de seus bebês", ressalta a diretora do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Cristina Boaretto.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A nossa desinformação é tão grande que a gente acha que algumas atitudes dos médicos são muito boas. Hoje, conversando com a minha irmã, ela disse que gostou muito do médico que fez o parto normal da última filha dela, porque na hora em que ele estava preparando ela para a cesariana, ela disse que a filha dela queria sair, pela vagina (claro!) e ele a voltou a posição anterior para que o bebê pudesse sair. Como assim?!!!!! Ele a estava preparando para a cesariana pois disse que ela não tinha dilatação e já estava há muito tempo em trabalho de parto. Não tinha dilatação e como o bebê nasceu? Se ela não tivesse falado nada, hoje ela teria um tremendo corte na barriga! Ela não tinha dilatação porque cada mulher tem o seu tempo de dilatação. Às vezes, depois que a mulher entra em trabalho de parto, demora 1 dia para dilatar de 2 à 10cm, às vezes leva 20 minutos. Só que os médicos não querem esperar o bebê sair, querem colocá-lo para fora à força, de qualquer maneira, não respeitando a mulher na sua individualidade e naturalidade.